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Formato

Trabalho multimídia entre música vida e videoarte

Sim, o Formato foi meu primeiro projeto musical totalmente solo, mas também foi um projeto multimída completo no campo das artes visuais. Por um lado dá pra dizer que ele nasce das canções e parte para a conceitualização, o projeto gráfico e a videoarte, mas na realidade, cada uma das partes influenciou as outras e tudo só ficou pronto quando tudo ficou pronto.

Sim, é uma ode aos processos de criação e de vida. É um filhote simbólico do Projeto Passagem. É meu processo de entender meu trabalho multimidia, de entender que tem performance e reenquadramento no meu trabalho, que ao tratar de novo de um processo misto de realidade e ficção, trata da vida. Ficou como mais um passo no meu processo de me entender por meio da arte.

Tive o prazer de fazer uma fala sobre esse trabalho e participar com ele na exposição coletiva do evento "Conexão V" no MUMA, em Curitiba, que juntou tanta gente massa tratando sobre arte e tecnologia.

Primeiro, vou deixar o vídeo aqui para você assistir e na sequência um texto mais formal sobre o trabalho e algumas imagens fazendo outras conexões. 

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Videoarte

"A videoarte “Formato” é o EP visual do músico e artista visual Didi Fiorucci. Vindo de seu trabalho de conclusão de curso e pesquisa centrada em limites da escultura, espiritualidade, performance e videoarte “passagem: uma representação do tempo no espaço tridimensional”, o artista utilizou esses aspectos e os uniu mais profundamente com seu trabalho de composição musical. Disso nasce o “Formato”, que por um lado é uma narrativa visual que acompanha as músicas e por outro é uma coisa em si, que experimenta com diferentes linguagens visuais, diferentes câmeras, qualidades de imagem, pontos de vistas, reenquadramentos e faz referências a outros artistas. 

O “Formato”, quando analisado desde sua música, traz uma jornada de autoconhecimento, uma de criação, processo de lapidar uma ideia e libertação, partindo de um desconforto para uma realização. Isso é reforçado visualmente pela sequência apresentada, seja na sobreposição do indivíduo cantando para a parede, na apresentação de formas e imagens “possíveis” gerando novos caminhos, do ponto de vista em primeira pessoa na estrada ou na confecção das formas em escultura na realização final. 

As formas confeccionadas em argila também aparecem de forma digital, recriadas como animações e que também passam pelas mesmas transformações, do cubo, passando pela esfera e chegando na forma oloid. Essas formas reforçam a ideia de processo e criação, saindo do fixo e imóvel, passando pelo movimento e chegando em uma forma incomum mas que representa um eterno movimento. 

O trabalho foi filmado, editado e dirigido por Didi e utilizou imagens captadas por outras pessoas quando ele aparece em câmera. Para criá-lo, além de suas próprias referências pessoais, o artista partiu de suas pesquisas, inclusive referenciando trabalhos marcantes na história da videoarte como “Hand Catching Lead” de Richard Serra. 

As músicas tratam-se de uma faixa instrumental e quatro canções, compostas, executadas e produzidas por Didi, trazendo referências diversas, com um aspecto contínuo e progressivo e fazendo contraste entre o orgânico e o digital, surgindo de instrumentos acústicos gravados e passando por fortes processamentos digitais. O trabalho conta de forma simbólica a jornada do músico no período entre 2020 e 2022 e de certa forma é sobre sua própria confecção, todo ele, do vídeo ao áudio. O trabalho é seu próprio assunto. Aspecto que reforça os traços do trabalho de Didi, de multimídia e projetos maiores que englobam diversas linguagens e nesse caso, são apresentados de forma condensada em um EP visual que contrasta o que conhecemos de vídeos musicais com linguagens experimentais e simbólicas da videoarte." 

Colagens digitas

Tudo partiu das formas e foi se expandindo, entendendo a narrativa de transformação contínua ativada no posicionamento sequencial das três formas, a partir disso surgiram vários desdobramentos visuais das formas, tanto no vídeo, em forma de animação 3D, enquadramentos sobrepostos ou mesmo objetos sólidos manipulados nas imagens. Também surgiram as colagens digitais e seus estudos. Cada colagem representou uma criação de mundo e imagem para cada música. Também foram necessárias tanto no processo de criação da capa e da videoarte.

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©2025 por DIDI FIORUCCI.

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